Segurança

Lei obriga instalação de câmeras nas escolas municipais

Texto aprovado pela Câmara de Vereadores de Pelotas foi sancionado no dia 3

Carlos Queiroz -

Uma lei sancionada pela própria Câmara de Vereadores de Pelotas obriga todas as escolas municipais a instalarem câmeras de videomonitoramento em seus prédios. A lei, de autoria da vereadora Zilda Bürkle (PSB), quer dar mais seguranças à comunidade escolar. No entanto, esbarra na falta de recursos dos próprios educandários e da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), que também considera caro aos cofres municipais implementar a medida.

Sem os dados concretos de quantas escolas já possuem o equipamento, o secretário Artur Corrêa acredita que sejam menos de 50% do total. Entre de Educação Infantil e Fundamental, Pelotas hoje possui 89 escolas municipais.

"Hoje não teria como fazer pela questão dos recursos. Um milhão de reais não colocaria em todas as escolas", estima o secretário. Além da compra do equipamento, ressalta, a instalação envolve manutenção, central de monitoramento, o que significa um alto custo aos cofres públicos. Como medida de segurança, este ano a Smed instalou alarmes em todas as unidades de ensino do município.

Uma das motivações da vereadora Zilda Bürkle é a violência nas escolas da Zona Rural, apesar de afetar também as urbanas. A parlamentar diz que conversou com o Poder Executivo e, apesar das dificuldades financeiras, o projeto agradou a prefeita e o secretário. "Iam conversar de que forma acham viável, essa questão financeira tá pegando", declara.

Alto custo é impeditivo
Dentro do mesmo quarteirão, duas escolas municipais vivem realidades diferentes. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Bibiano de Almeida, com cerca de 650 alunos, estão instaladas sete câmeras. Posicionadas em locais estratégicos, da sala da direção é possível acompanhar a movimentação em uma televisão com as imagens divididas em quadros. Na Emef Círculo Operário Pelotense (COP), a cerca de 150 metros da Bibiano de Almeida, o sistema de segurança conta apenas com alarmes - lá estudam aproximadamente 360 crianças.

"Ajuda muito. Daqui da sala temos uma visão geral do pátio, dos fundos, da entrada. E as imagens ficam gravadas", comenta a diretora Patrícia Pinto. Instaladas em gestões passadas, a atual direção não recorda o custo total para a implementação. Porém, lembra que foi caro e com os poucos recursos próprios disponíveis.

Para aumentar a segurança na secretaria, na tarde da última sexta-feira eram instaladas placas divisórias de escritório. A secretária Luciana Formiga Amaral recentemente teve o celular furtado dentro da escola. "Se tivesse uma câmera, a gente já saberia quem foi", lamenta.

A presidente do Conselho Escolar da Círculo Operário, Beatriz Boeira, explica que o assunto é recorrente nas reuniões entre conselheiros. No entanto, outras ações direcionadas à educação precisam ser priorizadas. "A gente gostaria de instalar, mas o custo é alto", lamenta.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Confira as vagas do Sine Pelotas para esta quarta-feira Anterior

Confira as vagas do Sine Pelotas para esta quarta-feira

Morre aos 77 anos o jornalista Paulo Henrique Amorim Próximo

Morre aos 77 anos o jornalista Paulo Henrique Amorim

Deixe seu comentário